- O que significa doar um corpo para a universidade?
Após o falecimento, caso o corpo seja doado para a universidade, ele será mantido em devido estado de conservação por meio de substâncias químicas, como o formol e a glicerina, para que o corpo continue preservado e em condições de manuseio. Os alunos da graduação e pós-graduação poderão estudar a Anatomia Humana por meio dele, de modo que o corpo irá contribuir de forma significativa para uma melhora na qualidade de ensino.
- Indivíduos portadores de doenças infectocontagiosas como HIV e hepatite B podem doar o corpo?
Sim, não há nenhum impedimento para a doação de corpo após a morte. Estudos comprovam que após a formolização os agentes infecciosos, incluindo o vírus da AIDS e os vírus das hepatites, perdem sua ação infecciosa.
- Há gasto financeiro para doar o corpo?
Não há qualquer tipo de gasto para a família ou para o doador. Entretanto, antes da doação o corpo pode ser velado e os encargos da agência funerária são de responsabilidade da família.
- É possível doar órgãos para transplante e o corpo para a universidade?
Sim, a doação de órgãos pode e deve ser feita assim que constatado o óbito a fim de garantir a conservação do(s) órgão(s) para o transplante. Após esse procedimento, estruturas e órgãos que não foram doados podem ser encaminhados para o departamento de anatomia da universidade. Sendo assim, um mesmo doador pode ajudar a salvar vidas e, ao mesmo tempo, ser fonte de estudo para futuros profissionais.
- O que é necessário para doar um corpo?
É necessário que o doador seja maior de idade (acima de 18 anos) e que seja consentido por ele ou por familiares. Caso o indivíduo seja menor de idade, a doação de corpos é possível mediante a autorização dos pais.
- Existe alguma lei que regulamenta a doação de corpos?
Sim, de acordo com o Artigo 14 da Lei 010.406-2002 do Código Civil brasileiro: “é válida, com objetivo científico, ou altruístico, a disposição gratuita do próprio corpo, no todo ou em parte para depois da morte. O ato de disposição pode ser livremente revogado a qualquer tempo”.
- Os familiares podem ter acesso ao corpo após a doação?
Não, apenas os alunos, professores e técnicos do laboratório de anatomia podem ter acesso ao corpo. E a identificação dos doadores e todas as informações fornecidas permanecem estritamente confidenciais e serão armazenadas em um banco de dados da instituição.
- Existe alguma contraindicação para as doações?
Não, é possível doar o corpo independentemente da idade, doenças ou outros fatores.
- O corpo permanecerá muito tempo no laboratório de Anatomia?
Depende muito do estado de conservação do corpo. Alguns corpos podem ficar mais de 50 anos no laboratório, contribuindo de forma significativa para a formação acadêmica de várias gerações.
- Existe algum benefício financeiro para aquele que decide doar seu corpo?
Não. Segundo a lei, essa doação é de caráter gratuito.
- Professores da universidade podem ser doadores?
Sim, professores, alunos e familiares podem doar seus corpos.
- O que será feito com o corpo após o mesmo ser utilizado para estudos?
Após ter contribuído ao desenvolvimento profissional dos estudantes, o corpo será sepultado.
- A doação pode ser realizada pela família após a morte?
Sim. Para isso, deve ser preenchido O TERMO DE DECLARAÇÃO DE VONTADE DE DOAÇÃO VOLUNTÁRIA DE CORPOS/MEMBROS POR TERCEIROS PARA ESTUDO ANATÔMICO pelo familiar responsável pela doação, ter assinatura reconhecida em cartório e, posteriormente, enviado via correios para o Departamento de Morfologia da Universidade Federal de Sergipe, Av. Marechal Rondon, s / n - Jd. Rosa Elze, São Cristóvão - SE, 49100-000. Deve-se enfatizar que, para isso, a vontade do doador deve ser explicitada verbalmente, em vida, de sua doação de corpo/membro.
- É possível uma pessoa mudar de ideia e revogar o ato de doação de seu corpo?
Sim, mas é necessário que a pessoa que pretendia doar seu corpo faça um novo documento de desistência, revogando o ato anterior.
- Como proceder para ser um doador?
Primeiramente, para garantir que o seu corpo será doado é importante que haja uma conversa com seus familiares para que entendam e respeite seu desejo após o óbito. Desse modo, um integrante da família poderá comunicar a universidade quando o indivíduo falecer. Porém, se a decisão não for informada ou se a família não consentir com tal ato, a doação não poderá ser feita.
Além disso, é importante que tal decisão seja documentada, preferencialmente, pelo próprio doador, em vida. Alguns documentos (CLIQUE AQUI PARA ACESSAR PROCEDIMENTOS) devem ser preenchidos e ter firma reconhecida em cartório contendo as assinaturas do doador e das testemunhas. A via original deve ser encaminhada para o Departamento de Morfologia da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Sergipe (Av. Marechal Rondon, s / n - Jd. Rosa Elze, São Cristóvão - SE, 49100-000).
Para demais esclarecimentos, favor contatar-nos pelo e-mail: projetodoandomaissentidoavida@gmail.com
Caso necessário, há ainda a possibilidade de se marcar uma reunião para esclarescer demais dúvidas.